Christine ficou olhando para Taylor, sentindo-se mal. Na verdade, não sabia por que estava agindo tão estranhamente e sendo tão chata, mas deixar Taylor baixo-astral não era o que ela queria.
– Tá. Quem cala consente. – Taylor levantou-se
– Ei, aonde vai? – disse Ashley
– Arrumar minhas coisas.
Taylor foi para o quarto de Ashley, onde tinha deixado a mochila e a mala que trouxera.
– Qual é o seu problema?! Porque você está tão... Insuportável?! – levantou-se e pegou o seu prato e o de Taylor e foi para cozinha.
Christine sentiu-se muito mal e idiota. Estava agindo sem motivos, e sendo infantil. Foi até o quarto de Ashley. Taylor a viu na porta.
– O que foi? – foi áspero
– Desculpe. – olhou para baixo
– Tudo bem. – Colocou uma mala em cima da cama. – Posso usar o telefone para chamar um táxi, pelo menos?
– Não. – Taylor a olhou – Não! – retratou-se – É que... Você não precisa ir.
– Tudo bem Christine, vamos esquecer o dia de hoje, ok? Não vou ficar ofendido nem nada se você quer que vá.
Enfiou uma ou duas coisas dentro da mochila e fechou o zíper, colocando-a logo em seguida.
– Mas eu não quero. Não quero que vá. – Christine olhou para Taylor, e seus olhos se encontraram.
– Você é tão estranha... – disse em tom amável
Christine revirou os olhos e saiu do quarto.
– Fica, mas não abusa, falou?
Ashley ouviu essa última parte
– Ah! Christine! Eu sabia que você era boa e legal! – abraçou Christine e a beijou no rosto – Obrigada! Ele não vai causar problemas!
– Espero.
As semanas passavam, e Taylor já estava lá há pelo menos três, ou quatro. O convívio era pacífico, mas não chegava a ser harmonioso. Taylor tentara aproximar-se de Christine, mas ela sempre estava com a guarda alta, então, as conversas entre eles se baseavam em “Bom dia”, “boa noite” e coisas do tipo: “tira o tênis sujo de cima do meu sofá!” ou “pode ir secando esse banheiro!” ou “meu Deus como você é preguiçoso!” e “Fala aí Garfield!” – um apelido ‘carinhoso’ que Taylor recebeu de Christine, pelo seu hábito de dormir durante todo o dia.
Essa semana em especial, para Christine foi agitada, passou pouco tempo em casa, e quando estava, mal falava com Taylor. Estava evitando chegar cedo em casa, mas na quinta-feira esqueceu um trabalho e teve que voltar no horário de almoço.
Ashley não estava. Christine não viu sinal de Taylor, então seguiu até seu quarto, planejando pegar tudo rapidamente.
Mexeu na mesa do computador e nas pastas, mas não achou a resenha. Lembrou-se então que estava no quarto de Ashley, que sempre lia os trabalhos de Christine, para ajudá-la. Abriu a porta bruscamente e levou um susto ao ver Taylor na cama dela. Taylor sentou-se na cama rapidamente, com o susto, e pareceu meio perdido.
– O que você está fazendo aí? – disse com a cara toda enrugada de dúvida
– Dormindo... – coçou a cabeça – Aquele sofá é péssimo, sabia?
– Ah. Não precisa levantar, não, só vou pegar uma folha... – abriu a gaveta – Essa. Tchau. – Nem olhou para Taylor
Ele levantou-se e foi até a sala. Christine arrumava as folhas numa pasta, em cima da mesa. Taylor foi até ela.
– Já almoçou? – olhou para ela
Christine balançou negativamente a cabeça
– Não vai almoçar?
– Não.
– Mas você não vai comer nada? Vai ficar mal... – ainda olhava para ela
– Tô acostumada a ficar sem comer. – colocou a bolsa – Eu tô sempre na correria mesmo.
– Mas isso não é bom, Christine.
– Tá bem, e porque você se importa? Volta a dormir, Taylor. – foi ferina
– Caramba! – franziu o cenho
– Bem, pelo o que eu vi, é só o que você faz. – olhou para ele.
– Eu trabalho à noite, sabia?
Christine ficou curiosa.
– Ah, trabalha?
– É. – pausou – bom, minha banda conseguiu de tocar num tipo de festival, um tipo de rodízio, e a gente toca todos os dias em bares diferentes. – pareceu orgulhoso
– Então você se diverte, e não trabalha.
– Bom é trabalho também.
– Imagino, com bebida e marias-palheta grudadas toda noite. Uhh...que difícil pra você, não? – caminhou até a porta
– Ossos do ofício. – não conseguiu segurar a brincadeira
Christine pegava a chave na bolsa e colocava o casaco. Taylor a olhava, pensando.
– Tchau. – enfiou a chave na porta
– Você não me leva a sério, não é?
Christine abriu a porta e então, já do lado de fora, olhou para ele.
– E tem como? – bateu a porta
Taylor mexeu a cabeça em sinal positivo e voltou a dormir. Quando Christine chegou, sete e pouco, Ashley e Taylor estavam na sala vendo filme. Ashley olhou para Christine e mandou um beijo. Christine acenou sorrindo. Taylor a olhou de canto de olho.
– Como foi seu dia? Quer ver filme com a gente? – Ash perguntou
– Foi tudo bem. Ahn, eu vou trocar de roupa... Arrumar umas coisas. – olhou uns papéis em cima da mesa e soou distante
Christine foi para o quarto, trocou de roupa. Sentou-se na penteadeira e estranhou que Taylor nem a olhara, nem tivera nenhuma reação. Foi ignorada por ele. Ela prendeu o cabelo em coque e foi em silencio até a porta do corredor espiar os dois. Taylor levantou de súbito e foi até a cozinha. Christine prendeu a respiração. Taylor a viu, e hesitou, mas seguiu até a cozinha. Christine foi devagar até lá. Taylor procurava alguma coisa, e Christine escorou-se no umbral da porta.
– Quer alguma coisa?
– Vocês têm pipoca? – disse ríspido
– Boa idéia! – Ash gritou da sala
– São quase oito horas, vocês não preferem jantar?
Taylor surpreendeu-se com a cordialidade de Christine. Ashley virou-se no sofá olhando para ela.
– Jantar o quê?
– Não sei, pedir alguma coisa. – olhou para Taylor esperando alguma reação
– Por mim tudo bem. O que vai ser?
– Pizza! Pizza! – Ash pulou de joelhos no sofá – Por favor!
Christine pegou um folheto numa das gavetas da cozinha e decidiram o que pedir, e ligou. Assim que a pizza chegou os três sentaram-se no sofá e começaram a comer, olhando o filme. Taylor e Ashley sentaram no chão, e Christine ficou entre os dois no sofá. Christine arriscava uns olhares para Taylor, o cuidando.
O celular de Ashley tocou e ela foi até o quarto atender.
– Pode me passar o guardanapo, por favor? – Christine pediu com uma das mãos na boca
Taylor a olhou. Viu que ela escondia a boca e sorriu achando graça. Christine ficou vermelha. Taylor esticou o braço e pegou o guardanapo, entregando-o a Christine. Christine pegou, desconfiada e limpou o queixo. Taylor a observava.
– Que foi? – Christine disse, envergonhada, mas ríspida
– Nada. Você é engraçada.
Christine estreitou os olhos.
– Porque você é assim? – perguntou, com verdadeira curiosidade
– Assim como? – perguntou, olhando para outro lado, sem paciência
– Tão desconfiada, e tão... – gesticulou – mutável!
– Não sou assim, você nem me conhece. – falou grosseiramente
– E agressiva. – olhou para frente
– Você não me conhece.
Taylor subiu no sofá, ficando próximo de Christine.
– E como vou, se cada vez que eu tento falar com você, você me evita? – Christine o olhou, foi pega de surpresa – Cada vez que eu tento estabelecer contato você atira em mim! Eu não sei nada de você!
– Então tá. O que quer saber, Taylor? – soava irônica, mas Taylor não se importou.
Ele olhou bem para Christine.
– Quero saber por que é assim comigo.
– Tá. Quem cala consente. – Taylor levantou-se
– Ei, aonde vai? – disse Ashley
– Arrumar minhas coisas.
Taylor foi para o quarto de Ashley, onde tinha deixado a mochila e a mala que trouxera.
– Qual é o seu problema?! Porque você está tão... Insuportável?! – levantou-se e pegou o seu prato e o de Taylor e foi para cozinha.
Christine sentiu-se muito mal e idiota. Estava agindo sem motivos, e sendo infantil. Foi até o quarto de Ashley. Taylor a viu na porta.
– O que foi? – foi áspero
– Desculpe. – olhou para baixo
– Tudo bem. – Colocou uma mala em cima da cama. – Posso usar o telefone para chamar um táxi, pelo menos?
– Não. – Taylor a olhou – Não! – retratou-se – É que... Você não precisa ir.
– Tudo bem Christine, vamos esquecer o dia de hoje, ok? Não vou ficar ofendido nem nada se você quer que vá.
Enfiou uma ou duas coisas dentro da mochila e fechou o zíper, colocando-a logo em seguida.
– Mas eu não quero. Não quero que vá. – Christine olhou para Taylor, e seus olhos se encontraram.
– Você é tão estranha... – disse em tom amável
Christine revirou os olhos e saiu do quarto.
– Fica, mas não abusa, falou?
Ashley ouviu essa última parte
– Ah! Christine! Eu sabia que você era boa e legal! – abraçou Christine e a beijou no rosto – Obrigada! Ele não vai causar problemas!
– Espero.
As semanas passavam, e Taylor já estava lá há pelo menos três, ou quatro. O convívio era pacífico, mas não chegava a ser harmonioso. Taylor tentara aproximar-se de Christine, mas ela sempre estava com a guarda alta, então, as conversas entre eles se baseavam em “Bom dia”, “boa noite” e coisas do tipo: “tira o tênis sujo de cima do meu sofá!” ou “pode ir secando esse banheiro!” ou “meu Deus como você é preguiçoso!” e “Fala aí Garfield!” – um apelido ‘carinhoso’ que Taylor recebeu de Christine, pelo seu hábito de dormir durante todo o dia.
Essa semana em especial, para Christine foi agitada, passou pouco tempo em casa, e quando estava, mal falava com Taylor. Estava evitando chegar cedo em casa, mas na quinta-feira esqueceu um trabalho e teve que voltar no horário de almoço.
Ashley não estava. Christine não viu sinal de Taylor, então seguiu até seu quarto, planejando pegar tudo rapidamente.
Mexeu na mesa do computador e nas pastas, mas não achou a resenha. Lembrou-se então que estava no quarto de Ashley, que sempre lia os trabalhos de Christine, para ajudá-la. Abriu a porta bruscamente e levou um susto ao ver Taylor na cama dela. Taylor sentou-se na cama rapidamente, com o susto, e pareceu meio perdido.
– O que você está fazendo aí? – disse com a cara toda enrugada de dúvida
– Dormindo... – coçou a cabeça – Aquele sofá é péssimo, sabia?
– Ah. Não precisa levantar, não, só vou pegar uma folha... – abriu a gaveta – Essa. Tchau. – Nem olhou para Taylor
Ele levantou-se e foi até a sala. Christine arrumava as folhas numa pasta, em cima da mesa. Taylor foi até ela.
– Já almoçou? – olhou para ela
Christine balançou negativamente a cabeça
– Não vai almoçar?
– Não.
– Mas você não vai comer nada? Vai ficar mal... – ainda olhava para ela
– Tô acostumada a ficar sem comer. – colocou a bolsa – Eu tô sempre na correria mesmo.
– Mas isso não é bom, Christine.
– Tá bem, e porque você se importa? Volta a dormir, Taylor. – foi ferina
– Caramba! – franziu o cenho
– Bem, pelo o que eu vi, é só o que você faz. – olhou para ele.
– Eu trabalho à noite, sabia?
Christine ficou curiosa.
– Ah, trabalha?
– É. – pausou – bom, minha banda conseguiu de tocar num tipo de festival, um tipo de rodízio, e a gente toca todos os dias em bares diferentes. – pareceu orgulhoso
– Então você se diverte, e não trabalha.
– Bom é trabalho também.
– Imagino, com bebida e marias-palheta grudadas toda noite. Uhh...que difícil pra você, não? – caminhou até a porta
– Ossos do ofício. – não conseguiu segurar a brincadeira
Christine pegava a chave na bolsa e colocava o casaco. Taylor a olhava, pensando.
– Tchau. – enfiou a chave na porta
– Você não me leva a sério, não é?
Christine abriu a porta e então, já do lado de fora, olhou para ele.
– E tem como? – bateu a porta
Taylor mexeu a cabeça em sinal positivo e voltou a dormir. Quando Christine chegou, sete e pouco, Ashley e Taylor estavam na sala vendo filme. Ashley olhou para Christine e mandou um beijo. Christine acenou sorrindo. Taylor a olhou de canto de olho.
– Como foi seu dia? Quer ver filme com a gente? – Ash perguntou
– Foi tudo bem. Ahn, eu vou trocar de roupa... Arrumar umas coisas. – olhou uns papéis em cima da mesa e soou distante
Christine foi para o quarto, trocou de roupa. Sentou-se na penteadeira e estranhou que Taylor nem a olhara, nem tivera nenhuma reação. Foi ignorada por ele. Ela prendeu o cabelo em coque e foi em silencio até a porta do corredor espiar os dois. Taylor levantou de súbito e foi até a cozinha. Christine prendeu a respiração. Taylor a viu, e hesitou, mas seguiu até a cozinha. Christine foi devagar até lá. Taylor procurava alguma coisa, e Christine escorou-se no umbral da porta.
– Quer alguma coisa?
– Vocês têm pipoca? – disse ríspido
– Boa idéia! – Ash gritou da sala
– São quase oito horas, vocês não preferem jantar?
Taylor surpreendeu-se com a cordialidade de Christine. Ashley virou-se no sofá olhando para ela.
– Jantar o quê?
– Não sei, pedir alguma coisa. – olhou para Taylor esperando alguma reação
– Por mim tudo bem. O que vai ser?
– Pizza! Pizza! – Ash pulou de joelhos no sofá – Por favor!
Christine pegou um folheto numa das gavetas da cozinha e decidiram o que pedir, e ligou. Assim que a pizza chegou os três sentaram-se no sofá e começaram a comer, olhando o filme. Taylor e Ashley sentaram no chão, e Christine ficou entre os dois no sofá. Christine arriscava uns olhares para Taylor, o cuidando.
O celular de Ashley tocou e ela foi até o quarto atender.
– Pode me passar o guardanapo, por favor? – Christine pediu com uma das mãos na boca
Taylor a olhou. Viu que ela escondia a boca e sorriu achando graça. Christine ficou vermelha. Taylor esticou o braço e pegou o guardanapo, entregando-o a Christine. Christine pegou, desconfiada e limpou o queixo. Taylor a observava.
– Que foi? – Christine disse, envergonhada, mas ríspida
– Nada. Você é engraçada.
Christine estreitou os olhos.
– Porque você é assim? – perguntou, com verdadeira curiosidade
– Assim como? – perguntou, olhando para outro lado, sem paciência
– Tão desconfiada, e tão... – gesticulou – mutável!
– Não sou assim, você nem me conhece. – falou grosseiramente
– E agressiva. – olhou para frente
– Você não me conhece.
Taylor subiu no sofá, ficando próximo de Christine.
– E como vou, se cada vez que eu tento falar com você, você me evita? – Christine o olhou, foi pega de surpresa – Cada vez que eu tento estabelecer contato você atira em mim! Eu não sei nada de você!
– Então tá. O que quer saber, Taylor? – soava irônica, mas Taylor não se importou.
Ele olhou bem para Christine.
– Quero saber por que é assim comigo.